3 plantas para desintoxicar o fígado
A sabedoria popular ensina-nos que quando o fígado funciona, tudo funciona. De facto, este órgão desempenha um papel primordial dentro do organismo: como se fosse um filtro, é responsável por impedir a absorção de toxinas e facilitar a sua eliminação. E quando tem muito trabalho, a fitoterapia pode ser um reforço interessante.
O fígado é um órgão volumoso, composto por dois lobos e está situado na parte superior do aparelho digestivo. Entre as suas múltiplas funções, o fígado encarrega-se de produzir a bílis, que ajuda na digestão das gorduras. Participa no metabolismo da glucose, armazena as vitaminas e os minerais obtidos a partir da digestão e liberta-os na corrente sanguínea quando o organismo necessita. Também filtra o sangue para captar as toxinas que são absorvidas ao comer, beber ou tomar medicamentos. Existem três plantas que, isoladas ou combinadas para otimizar a desintoxicação, podem ajudar ao bom funcionamento do fígado.
Cardo Mariano (Silybum marianum)
Também denominado cardo de Maria ou cardo leiteiro, esta planta originária da bacia mediterrânica é utilizada desde a antiguidade. Na Europa esta planta bianual, conhecida pelas suas propriedades benéficas, também se utilizava na alimentação. É consumida sob a forma de chá, infusão, óleo ou cápsulas.
O fruto do cardo mariano (Silybum marianum) favorece a eliminação de toxinas no fígado.
Alecrim (Rosmarinus officinalis)
O alecrim, comum no estado silvestre em toda a costa mediterrânica, prefere os terrenos calcários e adapta-se muito bem a terrenos áridos e rochosos. Esta planta, da família das Lamiáceas, é um arbusto pequeno em estado silvestre, mas chega a alcançar dois metros de altura quando é cultivado.
As partes aéreas do arbusto (Rosmarinus officinalis) estimulam a produção de bílis, as funções de eliminação do fígado e a digestão das gorduras. O período da floração é quando as suas propriedades demonstram uma maior eficácia.
Desmodium (Desmodium adscendens)
Semelhante ao trevo, o desmodium é uma planta silvestre perene, com folhas compostas, originária da África Ocidental. Também está muito presente na América Latina (Brasil, Peru, região amazónica) e em todas as zonas equatoriais húmidas.
Tradicionalmente, foi utilizado com êxito na África tropical para melhorar o bem-estar hepático e posteriormente, foi confirmada por vários estudos científicos a ação calmante do Desmodium adscendens. Assim, o Desmodium contribui para o bom funcionamento hepático, sobretudo graças às suas propriedades drenantes. Devido aos seus efeitos benéficos, a sua utilização é recomendada nas curas de desintoxicação.